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A suplementação de N-Acetil-Carnitina sobre o metabolismo das mitocôndrias

Atualizado: 8 de dez. de 2022


É interessante notar como a busca do uso de suplementos nutracêuticos está aumentando. Nesse contexto, encontramos a N-Acetil-Carnitina, um éster da L-Carnitina, que desempenha diversos papéis em nosso organismo. Assim, um grande corpo de evidências aponta efeitos positivos de sua suplementação dietética, principalmente relacionado a saúde mitocondrial e neuronal.



Função mitocondrial da carnitina

No meio mitocondrial, a carnitina desempenha um papel crítico no transporte de ácidos graxos para dentro da organela, para assim serem metabolizados levando a formação de energia. Logo, esse processo é essencial pois o acúmulo desses lipídios no citoplasma pode influenciar negativamente o metabolismo celular. Além disso, a carnitina também é responsável pela remoção de ácidos graxos de cadeia curta e média, evitando o acúmulo dentro da mitocôndria.


Ademais, podemos citar outros papéis da N-Acetil-Carnitina sobre os mecanismos antioxidantes. Nesse sentido, sabemos que o estresse oxidativo, resultado do aumento da produção de espécies reativas de oxigênio (EROs), está relacionado com a ineficiência mitocondrial e celular. Entretanto, através da estimulação da ativação da PGC1-α, a N-Acetil-Carnitina estimula a biogênese, levando ao aumento do número e funcionalidade da organela, evitando o desequilíbrio da produção de EROs.


Por fim, a N-Acetil-Carnitina também atua na proteção mitocondrial e celular, através do seu potencial antioxidante, exibindo um efeito protetor sobre as membranas contra a peroxidação lipídica causada pelos EROs.


Ação neuronal da N-Acetil-Carnitina

Como dito anteriormente, a N-Acetil-Carnitina tem se demonstrado apresentar bastante importância no sistema neuronal. Nesse contexto, falando sobre o cérebro, precisamos lembrar que os lipídios na circulação sanguínea não conseguem atravessar a barreira hematoencefálica, portanto, cabe aos neurônios produzirem seus ácidos graxos, que serão utilizados, como por exemplo, na membrana celular. Nesse cenário, a N-Acetil-Carnitina desempenha um papel fundamental como doador de acetato para a formação desses lipídios. Assim, a deficiência da carnitina pode estar relacionada com o comprometimento cerebral e com o aparecimento de algumas doenças neurodegenerativas.


Finalizando, é interessante associar o consumo de N-acetil-carnitina com outros suplementos, como o Ácido Alfa Lipoico e a Pirroloquinolina Quinase, resultando em um efeito sinergista antioxidante, otimizando a função mitocondrial e cerebral.


Para um estudo mais aprofundado sobre o tema, segue algumas sugestões de leitura:

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