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Bala para saciedade que ajuda a emagrecer? É possível!


Segundo a Anvisa, a bala é definida como “produto constituído por açúcar e outros ingredientes''. Pode apresentar recheio, cobertura, formato e consistência variados.” De acordo com o levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Balas e Derivados (ABICAB), a indústria de Balas e Gomas produziu 214 mil toneladas no ano de 2020, demonstrando a grande demanda por este tipo de guloseima.


Vale destacar que as balas podem ser divididas em diferentes grupos:


  1. Bala de gelatina: Apresenta uma textura elástica, determinada pelo agente gelificante - pode ser gelatina, ágar-ágar, pectina, entre outros - consistência firme e pode ser moldada em diferentes formatos. Seu teor de umidade é considerado alto (aproximadamente 20%), geralmente sua formulação é feita a partir da junção de açúcar, xarope de glicose, amido de milho, água, ácido cítrico, aromas frutais e corantes.

  2. Bala dura: É definida como uma mistura líquida de sacarose e xarope de milho que é cozida em altíssimas temperaturas até que toda a água seja removida (sobra entre 2 e 3% de umidade). Geralmente é produzida a partir da junção de sacarose e xarope de milho, para conferir melhores características organolépticas, são acrescidos flavorizantes, ácidos e corantes.

  3. Bala mole: Também conhecida como bala mastigável, é formada a partir da cocção de açúcares em um percentual de umidade variando de 6 a 10%. Sua composição é semelhante à da bala dura, porém, esta é adicionada de gorduras, aromatizantes, ácidos e corantes. Vale destacar que um diferencial da bala mole e da bala dura é o tratamento mecânico conhecido como estiramento, etapa que confere melhor mastigabilidade.


Além disso, a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) escreveu uma matéria sobre as novas versões e tendências da indústria para os próximos anos, destacando que os consumidores buscam produtos mais saudáveis, isentos de açúcar, químicos e outros ingredientes artificiais.

Com essa preocupação, era questão de tempo até o mercado desenvolver uma bala que, além de saudável, poderia ser um auxiliar interessante no processo de emagrecimento. Mas como isso é possível?

Balas com efeitos sacietogênicos podem ser elaboradas a partir do acréscimo de fibras (inulina, polidextrose, biomassa de banana verde, entre outros) e desacrescidas de açúcar, gorduras – ingredientes que, dependendo da concentração, podem aumentar a densidade calórica do produto.

As fibras podem ser classificadas em solúveis e insolúveis:

  1. Solúveis: Como o nome sugere, ela se dissolve em água, pode ser ingeridos a partir do consumo de frutas, vegetais, flocos de aveia e leguminosas. Este tipo de fibra pode ser totalmente ou parcialmente fermentável, gerando ácidos graxos de cadeia curta – os AGCCS agem diretamente no ph colônico, diminuindo-o e, por consequência, inibindo a proliferação de patógenos. Além disso, elas formam um gel viscoso que, chegando ao estômago, retarda o esvaziamento gástrico, culminando em um maior efeito de saciedade.

  2. Insolúveis: Esse tipo de fibra não se dissolve em água, pode ser encontrada no farelo de trigo, grãos integrais, sementes e cascas de frutas. Dentre seus benefícios à saúde, podemos destacar o aumento do volume do bolo fecal e da velocidade do trânsito intestinal.


Muitos estudos demonstram a importância das fibras no controle e na administração do peso. HURTADO, D. e CALLIARI, C. (2018), realizaram uma revisão da literatura com relação a “Fibra alimentar no Controle da Obesidade” e, ao final do trabalho, concluíram que as fibras alimentares podem ser componentes importantes no controle da obesidade, visto que as mesmas estimulam a secreção salivar e do suco gástrico - favorecendo a sensação de saciedade em razão da maior necessidade de mastigação das fibras - reduzem a velocidade do esvaziamento gástrico - diminuindo a fome e prolongando a sensação de saciedade.


Referências:

MARCELINO, J.; MARCELINO, M. Doces industrializados. p. 1-41, 1 jul. 2012. Disponível em: http://respostatecnica.org.br/dossie-tecnico/downloadsDT/NjExNw==. Acesso em: 21 fev. 2022.

OLIVEIRA, G. MODELAGEM E ANÁLISE DE UM COZIMENTO DE BALAS MASTIGÁVEIS. p. 1-84, 1 nov. 2006. Disponível em: https://www.uricer.edu.br/cursos/arq_trabalhos_usuario/575.pdf. Acesso em: 21 fev. 2022.

BERNAUD, F.; RODRIGUES, T. Fibra alimentar: ingestão adequada e efeitos sobre a saúde do metabolismo. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia. p. 397 - 405, 1 ago. 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abem/a/PZdwfM5xZKG8BmB9YH59crf/. Acesso em: 21 fev. 2022.

CALLIARI, C; HURTADO, D. FIBRAS ALIMENTARES NO CONTROLE DA OBESIDADE. p. 10 - 25. Disponível em: https://www.inesul.edu.br/revista/arquivos/arq-idvol_14_1310672074.pdf. Acesso em: 21 fev. 2022.

ABRAS. EMPRESAS DE BALAS E DOCES TÊM NOVAS VERSÕES PARA CRESCER . 18 maio 2018. Disponível em: https://www.abras.com.br/clipping/geral/64620/empresas-de-balas-e-doces-tem-novas-versoes-para-crescer. Acesso em: 21 fev. 2022.

ABRE. Setor de Balas & Gomas produz 214 mil toneladas em 2020

. 21 Jun. 2021. Disponível em: https://www.abre.org.br/inovacao/setor-de-balas-gomas-produz-214-mil-toneladas-em-2020/#:~:text=Segundo%20levantamento%20da%20Associa%C3%A7%C3%A3o%20Brasileira,214%20mil%20toneladas%20de%20produtos.. Acesso em: 21 fev. 2022.


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