Antes de tudo, seja muito bem-vindo ao Blog da Simple Pharma. O assunto de hoje é acerca de uma espécie vegetal que está sendo cada vez mais estudada e aplicada no consultório, que é a Rhodiola rosea. Ou seja, vamos falar agora sobre as aplicações e os mecanismos de ação deste vegetal.
A Rhodiola rosea é uma espécie vegetal proveniente da Ásia, que é muito conhecida devido ao seu efeito adaptogênico. Desse modo, antes de falar mais detalhadamente do vegetal, precisamos entender que a Rhodiola é um adaptógeno e também, que seus efeitos e mecanismos de ação giram em torno da sua hormese, ou seja, do efeito hormético advindo da suplementação.
Efeito Hormético da Rhodiola rosea
Basicamente, a dose é muito importante. No que diz respeito a hormese, se refere a uma dose baixa/moderada, mas uma dose adequada a fim de que se transmita um efeito positivo e benéfico da suplementação ao paciente. Por outro lado, uma dose alta pode provocar um efeito negativo. Sendo assim, a hormese é uma resposta adaptativa do organismo frente a uma dose adequada que provoque um efeito positivo, decorrente da suplementação ao paciente.
Desse modo, podemos dizer que a hormese é dose-dependente, e a Rhodiola rosea por se portar como um adaptógeno, em doses baixas, pode despenhar seu efeito hermético que está relacionado principalmente a redução dos efeitos da fadiga, diminuindo os efeitos deletérios cortisol. Em contrapartida, em doses mais altas, a Rhodiola pode potencializar os efeitos deletérios do cortisol, aumentando ainda mais o hipercortisolismo.
A Rhodiola rosea é um Adaptógeno
Adaptógeno seria um pequeno estressor do organismo, que atua em receptores de glicocorticóides, como o do cortisol. Assim, o adaptógeno interage com este receptor de cortisol em pequena magnitude, de modo a que quando o estresse de fato ocorre, o organismo torna-se menos suscetível, menos sensível a resposta estressora decorrente no momento.
Como exemplo, a prática do exercício físico é um momento no qual ocorre exatamente isso, essa diminuição da responsividade do indivíduo. O exercício, basicamente acarreta em uma resposta fisiológica ao estresse, de forma a que se você realiza o exercício com certa frequência, o corpo fica mais tolerante, ou seja, mais resistente a este estímulo.
Rhodiola rósea na Prática Clínica
A Rhodiola rosea é utilizada principalmente na redução da fadiga relacionada ao estresse, tanto advindo do estresse do exercício físico, como do dia a dia. Assim, pode ser empregada na diminuição do estímulo da resposta estressora. Isso pode ser explicado a partir do menor estímulo ao eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (eixo HPA), secretando menos cortisol em uma situação de estresse.
Outro mecanismo muito interessante da Rhodiola rosea seria a partir de sua atuação inibitória nas monoaminoxidases. As monoaminoxidases são moléculas que degradam aminas como a dopamina e a levodopa, nas quais são neurotransmissores relacionados ao humor. Sendo assim, a Rhodiola inibe o que degrada a dopamina e a levodopa, podendo atuar na melhora do humor.
Considerações finais
Por fim, para encerrar o texto de hoje no Blog da Simple Pharma, vamos falar de mais um mecanismo de ação da Rhodiola. Este adaptógeno pode atuar ainda no aumento da sensibilidade de receptores opióides, sendo que esses receptores podem ser associados ao humor, a fadiga e a ação do cortisol e desse modo, a Rhodiola pode desempenhar mais um efeito benéfico ao paciente.
Muito obrigado por ter acompanhado o texto de hoje. Esperamos que tenha te ajudado e nós do time da Simple Pharma, agradecemos imensamente a sua visita! Obrigado por confiar parte do seu estudo a nossa equipe, e conte conosco para quaisquer dúvidas acerca de outros fitoterápicos e demais produtos. Combinado?
Até Logo!
Fonte: Science Play
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