Antes de entrar diretamente no assunto Coenzima Q10 (CoQ10) e doenças cardiovasculares, vamos lembrar que o estresse oxidativo desempenha um papel central na patogênese das doenças cardiovasculares, incluindo falência e hipertensão. A insuficiência cardíaca é frequentemente caracterizada por uma perda da função contrátil devido a um estado de depleção de energia na mitocôndria, ligado a baixos níveis endógenos de CoQ10.
Além disso, a deficiência de CoQ10 no miocárdio foi demonstrada em amostras de biópsia endomiocárdica de pacientes com cardiomiopatia e deficiência de CoQ10, correlacionada com a gravidade da doença, sugerindo que a terapia com CoQ10 pode resultar na melhoria da qualidade de vida dos pacientes cardíacos, através do aumento da contratilidade miocárdica.
Numerosos estudos investigaram o benefício da suplementação de CoQ10 para melhorar a função cardiovascular por meio do aprimoramento da produção energética, melhor contratilidade do músculo cardíaco e sua potente atividade antioxidante, principalmente na prevenção de oxidação de lipoproteínas de baixa densidade (LDL).
Em 1994, Langsjoen et al publicaram um estudo resumindo oito anos de pesquisas sobre os benefícios da CoQ10 em cardiologia clínica. Desde este estudo, vários outros estudos demonstraram a utilidade da suplementação de CoQ10 para várias condições cardiovasculares. Esta teoria justifica-se porque pesquisas mostraram que os níveis de CoQ10 estão esgotados em amostras do miocárdio de pacientes com insuficiência cardíaca crônica.
Além disso, duas meta-análises importantes relataram benefícios da CoQ10 na insuficiência cardíaca, em casos como de pacientes com insuficiência cardíaca congestiva moderada estável, a suplementação de CoQ10 também demonstrou melhorar contratilidade muscular e disfunção endotelial.
Referência bibliográfica
Garrido-Maraver, J. Clinical applications of coenzyme Q₁₀. Frontiers in Bioscience, 19(4), 619. (2014) doi:10.2741/4231 Wajda, R. et al. Increase of Bioavailability of Coenzyme Q10 and Vitamin E. J Med Food 10 (4) 731–734 (2007) doi: 10.1089/jmf.2006.254
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