Talvez você já tenha lido em algum lugar que a mitocôndria é uma organela multifunções, apresentando grande importância para o funcionamento do metabolismo. Nesse contexto, quando falamos sobre sua estrutura, precisamos saber que essa não é estática, apresentando alterações durante o ciclo de vida mitocondrial, ditando assim a eficiência da organela. Dentre as mudanças morfológicas, encontramos a dinâmica mitocondrial, regidos por processos de fusão e fissão, responsáveis por regular o número, tamanho e posicionamento da organela dentro do citoplasma. Vamos entender mais sobre o tema.
Fusão X Fissão mitocondrial
O termo de fissão mitocondrial foi adotado para descrever a divisão, permitindo assim a eliminação de conteúdo ou organelas danificadas, sendo direcionado para o processo de mitofagia (degradação). Por outro lado, encontramos o processo de fusão, conceito dado à união de duas mitocôndrias, permitindo a troca de conteúdo, reduzindo a quantidade de organelas disfuncionais. Nota-se que ambos os processos são essenciais para a manutenção da saúde mitocondrial.
A importância do equilíbrio da dinâmica mitocondrial
Como dito anteriormente, esses processos são essenciais e precisam estar em equilíbrio, garantindo uma boa transição da dinâmica mitocondrial para assim se adaptar às necessidades celulares. Nesse cenário, existem alguns meios de estimular o aumento do número e funcionalidade da organela e, para isso adotamos o conceito de biogênese mitocondrial. Logo, muitos profissionais procuram adotar estratégias, como as alimentares, para alcançar a biogênese, melhorando desde quadros clínicos até a performance no meio esportivo.
Alcançando a flexibilidade metabólica
Por fim, através da estimulação da biogênese mitocondrial podemos adquirir a flexibilidade metabólica, termo que descreve a capacidade de um organismo de responder ou se adaptar de acordo com mudanças na demanda energética. Nesse contexto, esse indivíduo consegue utilizar diferentes tipos de substratos, como a glicose, ácidos graxos e corpos cetônicos para a formação de energia.
Em contrapartida, a má dinâmica mitocondrial com o desequilíbrio dos processos de fusão e fissão leva a inflexibilidade metabólica, no qual não há adaptação a utilização de substrato frente às demandas energéticas. Nesse sentido, podemos citar aquele indivíduo que come a cada três horas e que, quando fica horas sem comer, acaba sentindo muita fome, ficando estressado, desfocado e ansioso, não se adaptando a falta da ingestão de glicose.
Para um estudo mais aprofundado sobre o tema, segue algumas sugestões de leitura:
Artigo:
Comments