
A betaína HCL é um suplemento de ácido clorídrico que desempenha o seu papel no estômago. Desse modo, acidifica o meio com o objetivo de que as reações que são otimizadas em um meio mais ácido, como a hidrólise proteica a nível estomacal, sejam feitas da melhor forma. Porém, aqui vai uma ressalva: na maioria dos casos, pacientes com condições prévias de lesões estomacais, como úlceras ou no caso de gastrite, não devem usar, pois ao acidificar-se ainda mais o meio, tais condições podem agravar-se.
Logo, a sua utilização é mais proveitosa principalmente para pacientes com hipocloridria, para paciente sob o uso prolongado de medicamentos inibidores de bomba de próton e/ou com dificuldade de digestão de proteínas. Além disso, de modo geral recomenda-se o consumo da Betaína HCL imediatamente antes ou junto com a refeição, e em cápsulas distintas das enzimas pancreáticas.
Esse último ponto relacionado às cápsulas, justifica-se pois a betaína HCL atuará no estômago e a grande maioria das demais enzimas comumente prescritas, no intestino delgado. Logo, o local no qual a cápsula quebra é de suma importância para seu melhor aproveitamento, sendo que as enzimas pancreáticas é interessante a sua prescrição em cápsulas gastrorresistentes para que haja a passagem pelo estômago de forma intacta, para posterior quebra e ação no intestino delgado.
Sendo assim, a prescrição da betaína HCL pode ser realizada, na qual pode ser combinada com outras enzimas de ação estomacal, como é o caso da pepsina. No que se refere a sua prescrição, a betaína HCL é suplementada normalmente em doses de 100-600 mg, sendo que na maioria dos casos, é recomendado que seja iniciada na dose mais baixa possível.
Referências bibliográficas
Guilliams TG, Drake LE. Meal-Time Supplementation with Betaine HCl for Functional Hypochlorhydria: What is the Evidence?. Integr Med (Encinitas). 2020;19(1):32-36.
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