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Nutrientes e compostos bioativos que podem ajudar o organismo na detoxificação

Atualizado: 7 de dez. de 2022




Os compostos bioativos e os nutrientes alimentares são substâncias capazes de desempenhar diversas funções no nosso metabolismo, especialmente sobre as enzimas que também apresentam papel extremamente importante e podem modificar a estrutura de elementos nocivos para o nosso corpo.


Esses elementos nutricionais estão continuamente sendo estudados, visto a gama de efeitos que eles podem desencadear e por sua forte relação com a indução dos processos de detoxificação. De modo geral, a literatura comenta que alguns alimentos possuem componentes específicos que podem promover a regulação positiva ou o equilíbrio das reações metabólicas que fazem parte da fase 1 do processo de detoxificação ou também chamado biotransformação das toxinas, consequentemente facilitando sua excreção pelo organismo.


Sendo assim, diferentes alimentos integrais, vegetais crucíferos (brócolis, rúcula, agrião, repolho, nabo, alega, rabanete), frutas vermelhas (morango, melancia, framboesa, cereja, amora), soja, alho e algumas especiarias como o açafrão da terra foram ressaltados quanto aos benefícios que desempenham nos tratamentos de destoxificação quanto ao seu alto teor de componentes bioativos.


Os compostos bioativos e nutrientes podem atuar de forma diferente no processo de detoxificação, nesse sentido alguns deles têm demonstrado efeitos excelentes no aumento da atividade das enzimas CYP1A1 e CYP1A2 que atuam na fase 1 como por exemplo a curcumina, a astaxantina, o resveratrol e o óleo de peixe. As enzimas glutationa também são muito importantes nesse processo e apresentam significativa função antioxidante, mas para que elas tenham sua síntese aumentada e desempenhem suas funções corretamente é necessário a presença de quantidades adequadas de vitamina B6, magnésio, selênio, ácido fólico e ácido alfa-lipóico. Além disso, a vitamina B6 tem ainda mais importância porque atua como um cofator na conversão de homocisteína em glutationa endógena.


Dentre os inúmeros alimentos que são importantes para o processo de detoxificação o alecrim (Rosmarinus officinalis L.) possui excelente quantidade de elementos estimuladores de diurese, por conta disso ele auxilia na eliminação das toxinas através da urina. Além disso, ele contém elevada quantidade das vitaminas com potencial antioxidante A e C, e essa erva aromática tão utilizada na culinária possui ainda propriedades expectorantes, antioxidantes, antiparasitárias, anti-inflamatórias e ajuda no processo de digestão.


Alguns trabalhos que utilizaram a combinação dos seguintes compostos ativos curcumina, quercetina e rosmarinus (TQR – 1:3:5) para melhorar o processo de detoxificação demonstraram que essa formulação desencadeou excelente proteção para as células hepáticas contra a citotoxicidade induzida por estresse oxidativo, prevenindo contra danos ao DNA e processos de necrose celular. No entanto, foi abordado que esses efeitos significativos poderiam estar associados a ativação o NFR2 que está fortemente relacionado às vias de detoxificação.


O orégano (Origanum vulgare spp.) é uma erva muito utilizada como tempero em diversas preparações, no entanto estudos apontam que seu óleo essencial possui alta quantidade de componentes bioativos que favorecem o funcionamento das vias metabólicas de detoxificação. Dentre seus componentes, o mais abundante é o carvacrol, elemento que ajuda na perda de peso, na diminuição da concentração plasmática de colesterol e contém atividade antioxidante e antiparasitária, principalmente quando associado ao timol que se trata de outro composto do óleo essencial de orégano.


Outros compostos excelentes que podem auxiliar o processo de detoxificação são os flavonóides e ácidos fenólicos devido a suas funções como antioxidantes e anti-inflamatórios, além disso eles podem ser encontrados facilmente em diversos alimentos assim como no óleo de orégano.


Referências

ANAND DAVID AV, ARULMOLI R, PARASURAMAN S. Overviews of biological importance of quercetin: A bioactive flavonoid. Pharmacogn Rev 2016; 10:84 9.

ANDRADE JM, et al. Rosmarinus officinalis L.: An update review of its phytochemistry and biological activity. Future Sci OA 2018;4:FSO283.

RAJGOPAL, A., et al (2019). The cytoprotective benefits of a turmeric, quercetin, and rosemary blend through activation of the oxidative stress pathway. Pharmacognosy Magazine, 15(66), 449.

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