O CBD pode agir na atividade e coordenação motora, memória recente, imunossupressão, dor, sedação, apetite, função cognitiva e modulação da inflamação. Na literatura, existem ainda estudos que apontam a indicação para pacientes com esclerose múltipla, para o controle de espasmos, redução da frequência urinária e dor neuropática. Entretanto, deve ser utilizado apenas em pacientes resistentes a outros tratamentos e após um tratamento teste de 14 a 30 dias.
Outra aplicabilidade do CBD é ao manejo de dores crônicas, porém, seu uso neste caso deve ser monitorado de perto através das queixas do paciente. Porém, deve-se ter a ressalva de que em indivíduos menores de 25 anos, não é recomendado o uso de estimuladores do sistema endocanabinóide exógenos, visto que esses indivíduos não possuem ainda o cérebro completamente formado. Ademais, existem diversas aplicabilidades do CBD, como já descrevemos para você em posts anteriores aqui do blog, mas saiba que o seu papel relaciona-se principalmente a sua ação no sistema endocanabinoide.
O Sistema endocanabinóide pode ser considerado como o maior do corpo humano por estar interligado com todos os outros sistemas através de receptores, atuando na manutenção da homeostase e regulação de processos fisiológicos, o que faz com que este se torne fator significativo para a modulação de respostas terapêuticas e, até mesmo, regressão de doenças.
A principal função desse sistema é cuidar da homeostase do organismo, ou seja, auxiliar a manter as moléculas organizadas de forma "hierárquica". Quando esse sistema é ativado, consegue agir como um fator de neuroproteção, além de atuar na imunidade e inflamação, apoptose e carcinogênese, redução de dor, memória emocional, fome, humor e estresse. Ademais, em relação ao emagrecimento e o sistema endocanabinóide, os indivíduos com sobrepeso e obesidade, possuem uma maior ativação desse sistema, consequência que pode relacionar-se ao aumento da fome. Logo, o CBD é interessante a condições clínicas como as seguintes:
Epilepsia
Estudos clínicos vêm demonstrando que a administração de CBD por via oral ou sublingual reduz a frequência e intensidade de crises convulsivas em pacientes portadores de epilepsia refratária, incluindo síndrome de Dravet e Lennox Gastaut.
Esclerose Múltipla
Estudos clínicos demonstram que a administração de CBD por via oral ou sublingual promove uma redução significativa de espasticidade muscular, frequência de espasmos, dor e distúrbios do sono em pacientes portadores de esclerose múltipla, melhorando também a mobilidade destes pacientes.
Dor Crônica
Estudos demonstram que o tratamento com CBD foi capaz de reduzir com eficácia e segurança os sintomas, reduzindo alodinia e hiperalgesia nesses pacientes.
Transtornos psiquiátricos
Demais evidências sugerem efeitos positivos relacionados ao tratamento de transtornos psiquiátricos, TDAH, doenças neurodegenerativas e condições inflamatórias da pele.
Referências Bibliográficas
White CM. A Review of Human Studies Assessing Cannabidiol (CBD) Therapeutic Actions and Potential. J Clin Pharmacol. 2019;59(7):923-934. doi:10.1002/jcph.1387
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