
Para entrarmos no assunto sobre as melhores enzimas para a digestão de proteínas, antes entenda que ao ingerir alimentos, o bolo alimentar passa pelo esôfago e então chega ao estômago. O estômago é um órgão extremamente ácido para que haja a quebra de lipídios pela ação da lipase gástrica e principalmente, de proteínas, pois essa acidez é necessária para a ativação do pepsinogênio em pepsina, enzima na qual é a principal responsável pela digestão proteica no estômago.
Desse modo, a pepsina é uma enzima de ação gástrica fundamental para a digestão proteica, mas não para por aí. A nível intestinal, a digestão proteica em peptídeos e aminoácidos continua. Logo, existem diversas enzimas que você pode suplementar para auxiliar a saúde gastrointestinal do seu paciente com deficiência da digestão proteica, tais como:
Proteases
As proteases são produzidas no estômago e no pâncreas para a quebra das proteínas em aminoácidos. Contudo, um ponto de atenção refere-se justamente ao local de atuação, se será no estômago ou no intestino. Isso se dá porque as proteases atuam em diferentes faixas de pH ao longo do trato gastrointestinal, de forma que a protease ácida estável, de pH ótimo entre 2 e 5, atua na digestão proteica no estômago, enquanto a protease alcalina, de pH ótimo entre 7 e 9, atua na digestão proteica no intestino.
Pepsina
A pepsina é a principal enzima usada pelo estômago para digerir proteínas, a partir de sua forma inativa, o pepsinogênio, em pepsina, com o estímulo advindo do suco gástrico. Uma ressalva é de que a pepsina raramente deve ser suplementada em pessoas com úlcera ou gastrite, e necessita do ambiente ácido para sua atuação. Logo, sua associação com a betaína HCL pode ser interessante.
Tripsina
Muito importante para a digestão proteica no intestino delgado, a tripsina também pode ajudar a diminuir a inflamação e a reduzir a dor e inchaço das lesões articulares e musculares.
Bromelina
Enzima presente naturalmente no abacaxi, a bromelina contribui para digestão proteica sendo muito comumente prescrita em associação com outras proteases, pois pode ajudar na digestão, reduzir a dor e trazer benefícios para a pele.
Referências bibliográficas
Martínez Cuesta S, Rahman SA, Furnham N, Thornton JM. The Classification and Evolution of Enzyme Function. Biophys J. 2015;109(6):1082-1086. doi:10.1016/j.bpj.2015.04.020
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