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Vitamina D e ações no músculo esquelético

Atualizado: 21 de jul. de 2022

Muito conhecida devido a sua síntese provocada a partir da exposição da pele à luz solar, a vitamina D é uma vitamina que frequentemente apresenta-se em déficit no seu paciente. Dentre as causas para tal, está o estilo de vida moderno, no qual as pessoas não têm muita exposição à luz solar durante o dia. Sobre este tema, além das ações já mais disseminadas dessa vitamina no metabolismo ósseo, por exemplo, hoje vou te contar sobre quais as ações principais da vitamina D no músculo esquelético



Formas de obtenção e importância da vitamina D


A vitamina D (calciferol) ou calcitriol (forma biologicamente ativa) apresenta importante papel no organismo humano, principalmente no que se refere ao metabolismo ósseo e a absorção de cálcio. O calcitriol pode ser obtido a partir de seus precursores, as vitaminas D2 (ergosterol), D3 (colecalciferol) e a 25-hidroxivitamina D (calcidiol), tanto por meio da dieta como através da exposição solar.


Pela alimentação, a mesma pode ser encontrada em alimentos como peixes de águas profundas, fungos comestíveis e gema de ovo. Porém, geralmente em níveis que não alcançam nem 20% de sua recomendação diária. Sendo assim, os 80% restantes são sintetizados endogenamente, a partir da exposição solar a Radiação Ultravioleta B (UVB) ou obtida exogenamente por meio da suplementação da vitamina D.


No que tange os seus efeitos biológicos, são mediados pelo receptor nuclear de vitamina D (VDR) e são diversos, entre eles: maior absorção luminal de cálcio e fósforo, otimização da osteogênese, participação na secreção de outros hormônios como os tireoidianos e a insulina, diferenciação de células precursoras de monócitos, etc.


Ações no músculo esquelético


Muitos não sabem, mas a vitamina D é um nutriente solúvel em lipídios que exerce papéis importantes na saúde do músculo esquelético. Sabe-se que a vitamina D e o VDR podem exercer efeito genômicos em sítios alvo e modular a atividade de células satélites, a síntese proteica, o metabolismo mitocondrial, além da produção energética em diversas vias de síntese e degradação proteica, como a akt-mTORC1, miostatina e FOXO.


Também, é conhecido que a deficiência de vitamina D pode associar-se à prevalência da sarcopenia, de forma a que a função muscular e consequentemente a função física do idoso encontra-se comprometida. Como justificativa, a vitamina D pode desempenhar o efeito biológico de aprimoramento da absorção de cálcio e fósforo no intestino — e assim maior disponibilidade ao músculo esquelético — , e de diminuição do catabolismo e de modulação do tamanho das fibras musculares. Assim, diminui-se a probabilidade do risco de queda e de fraturas em idosos, por exemplo.


Para que esses efeitos sejam constatados, segundo a RDA, o consumo diário ao idoso de 800 UI/dia é recomendado para que haja benefícios na saúde muscular. Nesta situação, a elevação sérica de vitamina D ao mínimo em 50 nmol/L, é almejada. Já no indivíduo jovem ou adulto, a deficiência de vitamina D também pode prejudicar o remodelamento e a recuperação muscular após o exercício físico. Desse modo, 2000 - 4000 IU de vitamina D suplementada ao dia, parece ser uma estratégia válida para esse público para que o nível sérico de 25 (OH) D se mantenha entre 30 - 50 nmol/L.


Espero que você tenha compreendido adequadamente quais as ações da vitamina D ao músculo esquelético do seu paciente, tanto o idoso, como o jovem. Qualquer dúvida que você tenha a respeito do nosso Blog ou dos nossos produtos, não hesite em entrar em contato conosco. Muito obrigado e até a próxima.


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Referências bibliográficas


CASTRO, Luiz Claudio Gonçalves de. O sistema endocrinológico vitamina D. Arq Bras Endocrinol Metab, São Paulo , v. 55, n. 8, p. 566-575, nov. 2011. https://doi.org/10.1590/S0004-27302011000800010.

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Bongiovanni, T., Genovesi, F., Nemmer, M. et al. Nutritional interventions for reducing the signs and symptoms of exercise-induced muscle damage and accelerate recovery in athletes: current knowledge, practical application and future perspectives. Eur J Appl Physiol 120, 1965–1996 (2020). https://doi.org/10.1007/s00421-020-04432-3

Halfon M, Phan O, Teta D. Vitamin D: a review on its effects on muscle strength, the risk of fall, and frailty. Biomed Res Int. 2015;2015:953241. doi:10.1155/2015/953241

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