Você como profissional da área de saúde, pode auxiliar o seu paciente com a utilização de estratégias que propiciam o cuidado com a saúde gastrointestinal do paciente. E já te adianto: a saúde gastrointestinal vai muito além de suplementar probióticos.
Quando abordamos sobre saúde gastrointestinal, a forma como os nutrientes chegam ao estômago e ao intestino, é fundamental para que a absorção de nutrientes seja feita de forma adequada, não apenas para a posterior oxidação dos substratos energéticos, mas para a saúde do seu paciente como um todo. Isso se dá pois sabe-se que resíduos alimentares originados a partir de um processo digestivo ineficiente, podem proporcionar a ocorrência do desconforto gastrointestinal ao exacerbar sintomas como eructação, flatulência, gases fétidos, entre outros.
Também, a partir da fermentação feita pela microbiota intestinal e por relações entre os microorganismos, - processo chamado de quorum sensing - metabólitos prejudiciais a saúde do ser humano, como trimetilamina (TMAO), amônia, sulfeto e indol, tem a sua produção mais evidenciada, fato que pode contribuir para a proliferação de microrganismos possivelmente patogênicos na nossa microbiota intestinal.
Neste quesito, as enzimas digestivas são importantíssimas. As enzimas digestivas são proteínas responsáveis principalmente pela digestão química do alimento. Logo, realizam a quebra da proteína, do carboidrato e da gordura, em moléculas menores para então serem absorvidas com mais facilidade em aminoácidos, monossacarídeos e ácidos graxos, respectivamente.
Naturalmente, o ser humano já produz a grande maioria das enzimas digestivas necessárias para a digestão, na saliva, no estômago, no pâncreas e no intestino delgado. Contudo, em condições de possível deficiência como em algumas alterações metabólicas ou ao paciente idoso, pode ser necessária a suplementação de enzimas gástricas e pancreáticas, para que haja a diminuição da chegada de resíduos alimentares no intestino e consequentemente, melhora da digestão, da saúde intestinal, da inflamação, da distensão abdominal, da eructação, do refluxo, entre outras condições.
Referências bibliográficas
Kolodziejczyk, A.A., Zheng, D. & Elinav, E. Diet–microbiota interactions and personalized nutrition. Nat Rev Microbiol 17, 742–753 (2019). https://doi.org/10.1038/s41579-019-0256-8
Dane, Senol & Hanninen O. Enzymes of Digestion. Encycl Life Support Syst. 2002;II.
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