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Como a cúrcuma atua na diminuição da inflamação?


A cúrcuma é uma planta rizomática (da família do gengibre) que possui coloração amarela devido a presença de compostos fenólicos denominados curcuminóides. Embora a cúrcuma contenha diferentes curcuminóides, a curcumina tem sido considerada o mais ativo, sendo um dos seus principais componentes principalmente por sua importante atuação a nível celular na inflamação.


Entendendo a inflamação


Primeiro, para entendermos a atuação da cúrcuma na inflamação, precisamos entender como ela funciona. Assim sendo, a inflamação funciona atuando como uma reação em cadeia no corpo, iniciada pelo estresse oxidativo de fatores ambientais, oriundo de produtos químicos encontrados nos alimentos ou no ar. Por conseguinte, esse estresse causa um acúmulo de espécies reativas de oxigênio, também chamadas de "radicais livres", capazes de causar danos nas células.


A inflamação também pode se originar endogenamente, ou seja, a partir de citocinas, moléculas mensageiras que nossas células enviam para estimular uma resposta inflamatória frente a agentes patógenos. Assim, moléculas anti-inflamatórias interrompem esses processos, evitando danos a nossas células.


Mas como a cúrcuma atua na inflamação?


De modo geral, os efeitos anti-inflamatórios dos medicamentos incluem principalmente a atuação em receptores e vias de sinalização, regulando a resposta dos tecidos-alvo aos mediadores inflamatórios e produzindo mediadores anti-inflamatórios. A cúrcuma por sua vez, exerce efeitos anti-inflamatórios regulando as vias de sinalização inflamatória e inibindo a produção de mediadores inflamatórios.


Na literatura, numerosos estudos in vitro e in vivo mostraram que a curcumina tem um grande potencial na diminuição da inflamação por ser capaz de modular a expressão de NF-κB, que leva à produção de citocinas pró-inflamatórias, como as interleucinas e o TNFα, conhecidos por serem responsáveis ​​pela ativação da sinalização pró-inflamatória.


Além disso, a curcumina pode diminuir o estresse oxidativo e a inflamação através da via Nrf2 e regular a resposta inflamatória pela regulação negativa das enzimas de óxido nítrico sintase induzível (iNOS), ciclooxigenase-2 (COX-2), lipoxigenase e xantina oxidase.


Em conclusão, ensaios clínicos também mostraram que a cúrcuma pode reduzir os mediadores inflamatórios. Em um ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, a suplementação da curcumina melhorou significativamente os níveis plasmáticos de proteína C reativa (PCR), um importante marcador inflamatório.


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Referências bibliográficas

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